A fadiga no trabalho: uma análise histórica das relações de trabalho

Autores

  • Helder Matheus Alves Fernandes Universidade Estadual do Ceará (Uece) – Fortaleza (CE), Brasil.
  • José Jackson Coelho Sampaio Universidade Estadual do Ceará (Uece) – Fortaleza (CE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6292-8096
  • Zilda Maria Menezes Lima Universidade Estadual do Ceará (Uece) – Fortaleza (CE), Brasil.

Palavras-chave:

Fadiga, Trabalho, Resenha, Saúde ocupacional, Saúde mental

Resumo

A obra ‘História da fadiga: da Idade Média aos nossos dias’, de Georges Vigarello, apresenta um panorama histórico da construção social da fadiga, evidenciando como o entendimento desse fenômeno acompanha as transformações nas formas de trabalho e nas exigências sociais. A partir de uma perspectiva cronológica, o autor analisa desde a valorização do cansaço físico na Idade Média até a medicalização e a invisibilização da fadiga psíquica na contemporaneidade. A obra demonstra como o cansaço deixou de ser visto como um sinal de virtude e passou a representar um obstáculo à produtividade no modelo capitalista. Nesse processo, a fadiga foi naturalizada, sobretudo entre trabalhadores em contextos precarizados, sem a devida atenção aos seus efeitos sobre a saúde física e mental. Embora a análise seja majoritariamente descritiva, a abordagem histórica de Vigarello permite compreender a fadiga como fenômeno político e estrutural, vinculado à lógica da exploração laboral. A obra contribui para reflexões atuais sobre o direito à saúde no trabalho, destacando a urgência de políticas públicas que considerem não apenas as demandas físicas, mas também os impactos emocionais e subjetivos do trabalho nas sociedades modernas.

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Publicado

2025-08-14

Como Citar

1.
Fernandes HMA, Sampaio JJC, Lima ZMM. A fadiga no trabalho: uma análise histórica das relações de trabalho. Saúde debate [Internet]. 14º de agosto de 2025 [citado 9º de outubro de 2025];49(especial 2 ago). Disponível em: https://www.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/10416