Migração e precarização do trabalho: compreendendo a interseção entre categorias sociais
Palavras-chave:
Mercado de Trabalho;, Estudos de Gênero, Migração Humana, classe social, Enquadramento interseccionalResumo
O Brasil tem recebido um importante fluxo de imigrantes do Sul Global, em grande parte composto por mulheres que se inserem em redes de trabalho precarizado. Objetivou-se refletir sobre a precarização do trabalho no contexto da migração Sul-Sul, considerando a interseção entre gênero, raça-etnia e classe social na determinação de subalternidades e iniquidades. Ensaio reflexivo e argumentativo estruturado a partir de dois núcleos de sentido: i) a revisão conceitual, que recupera definições a partir de obras seminais; e ii) a análise crítica de artigos selecionados por sua relevância e atualidade no campo dos estudos migratórios e feministas. Os resultados revelaram que a precarização do trabalho dessas mulheres não se restringe a uma questão econômica, mas reflete desigualdades históricas e estruturais profundamente marcadas por interseccionalidades que reforçam ciclos de marginalização e desigualdade. A xenofobia, o racismo e o sexismo atuam em articulação com a classe social, originam e perpetuam subalternidades e iniquidades tanto no trabalho quanto na vida. A abordagem interseccional é potente para compreender múltiplas opressões que perpetuam a exploração das mulheres imigrantes no contexto da migração Sul-Sul no Brasil.
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