Agentes Comunitárias de Saúde e o uso da saúde digital: transformações de um trabalho vivo

Autores

  • Romário Correia dos Santos Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Aggeu Magalhães (IAM)/Fiocruz Pernambuco, Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (Lasat) – Recife (PE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4973-123X
  • Lenira Ferreira Ribeiro Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto de Saúde Coletiva (ISC) – Salvador (BA), Brasil https://orcid.org/0000-0003-0494-3770
  • Cláudia Fell Amado Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto de Saúde Coletiva (ISC) – Salvador (BA), Brasil https://orcid.org/0000-0003-3852-0792
  • Aline do Monte Gurgel Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Aggeu Magalhães (IAM)/Fiocruz Pernambuco, Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (Lasat) – Recife (PE), Brasil.
  • Luis Carlos Nunes Vieira de Vieira Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) – Brasília (DF), Brasil.
  • Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) – Brasília (DF), Brasil.
  • Liliana Santos Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto de Saúde Coletiva (ISC) – Salvador (BA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8958-4094

Palavras-chave:

Acessibilidade aos serviços de saúde, Atenção primária à saúde, Agentes comunitários de saúde, Política de saúde, Saúde digital

Resumo

As Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) estão imersas em um contexto de transformação tecnológica que incide diretamente em seus saberes e práticas. O objetivo deste artigo foi analisar as vantagens da saúde digital, a partir do uso de tecnologias móveis na Atenção Primária à Saúde, no trabalho das ACS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com triangulação de métodos, apoiada em entrevistas, grupos focais e observação não participante envolvendo lideranças sindicais, gestores e profissionais da saúde. Os dados obtidos foram interpretados com base na análise do conteúdo. Os resultados apontam vantagens do trabalho das ACS com tecnologias digitais para o sistema de saúde, como ampliação do acesso e cobertura, qualificação da informação coletada, do planejamento territorial e do cuidado. Para a categoria profissional, houve ganhos de legitimidade social pelo adensamento tecnológico do trabalho. Sinaliza-se, também, que apesar das transformações digitais, sua inserção territorial deve ter como eixo orientador a produção do cuidado na perspectiva da determinação social da saúde e do trabalho vivo. Conclui-se que, embora a quarta revolução tecnológica seja irreversível, o trabalho e a presença das ACS no cotidiano do território ainda permanecerão indispensáveis.

Publicado

2025-08-25

Como Citar

1.
dos Santos RC, Ribeiro LF, Amado CF, Gurgel A do M, Vieira de Vieira LCN, de Deus e Méllo LMB, et al. Agentes Comunitárias de Saúde e o uso da saúde digital: transformações de um trabalho vivo. Saúde debate [Internet]. 25º de agosto de 2025 [citado 9º de outubro de 2025];49(146). Disponível em: https://www.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/9891

Edição

Seção

Artigo Original

Declaração de dados

  • Os dados de pesquisa estão contidos no próprio manuscrito