Gênero como determinante social da saúde de trabalhadoras plataformizadas de moto entregas

Fernanda Diniz de Sá; Lucas  Eurikes Melo Vasconcelos; Raynara Samille Guerra Oliveira; Camilla Araújo da Silva; Ariana Nogueira Rodrigues de Oliveira; Leonildo Santos do Nascimento Júnior

Autores

Fernanda Diniz de Sá Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) – Natal (RN), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8525-7718
Lucas Eurikes Melo Vasconcelos Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8955-0169
Raynara Samille Guerra Oliveira Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB), Brasil. https://orcid.org/0009-0002-6175-1345
Camilla Araújo da Silva Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7700-3934
Ariana Nogueira Rodrigues de Oliveira Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB), Brasil. https://orcid.org/0009-0006-1850-3513
Leonildo Santos do Nascimento Júnior Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5383-8494

Palavras-chave:

Trabalho precário. Riscos ocupacionais. Saúde mental. Mulheres trabalhadoras.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo investigar, sob a perspectiva de gênero, as condições de trabalho e saúde de trabalhadoras que utilizam motocicletas para a realização de entregas, intermediadas por aplicativos, na região metropolitana de João Pessoa, Paraíba. Trata-se de um estudo exploratório de caráter qualitativo. Para tanto, foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado, baseado no referencial teórico do tema. Quinze trabalhadoras participaram da pesquisa, cujas falas foram transcritas e analisadas por meio da técnica de análise temática de conteúdo. As participantes relataram conflitos com os pares, falta de apoio, violências de gênero e motivações iniciais que as levaram ao cadastro nas plataformas, bem como as consequências desse trabalho para a saúde física e mental. Como estratégia de proteção, foi ressaltada a importância da construção e fortalecimento do coletivo de trabalho. Nesse contexto, evidencia-se como a correlação entre a saúde e os padrões patriarcais instituídos no mercado operam como determinantes sociais significativos de saúde. Para enfrentar esses desafios, é fundamental compreender esse fenômeno a fim de garantir atenção à saúde qualificada e alicerçada em políticas que mobilizem e confrontem as estruturas sociais.