Vigilância da saúde integrada, participativa e territorializada em contextos de exposição aos agrotóxicos no Brasil

Autores

  • Karen Friedrich Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e Vigilância Sanitária – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente (PSPMA) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Ariane Leites Larentis Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), Programa de PósGraduação em Saúde Pública e Meio Ambiente (PSPMA) – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Programa de PósGraduação em Educação Profissional em Saúde – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7232-3245
  • Jandira Maciel da Silva Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e Vigilância Sanitária – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina – Belo Horizonte (BH), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9990-9323
  • Marla Kuhn Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e Vigilância Sanitária – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Prefeitura de Porto Alegre, Vigilância em Saúde (aposentada) – Porto Alegre (RS), Brasil. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGea), Núcleo de Estudo Geografia e Ambiente (NEGA) – Porto Alegre (RS), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9228-6226
  • Luiz Antonio Dias Quitério Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e Vigilância Sanitária – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Núcleo de Planejamento e Informação – São Paulo (SP), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2083-5710
  • Sonia Corina Hess Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (aposentada) – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-6137-5445
  • Lia Giraldo da Silva Augusto Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Grupos Temáticos Saúde e Ambiente, Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora e Vigilância Sanitária – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, Coordenação Adjunta – Brasília (DF), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9322-6863

Palavras-chave:

Vigilância em saúde pública, Princípio da precaução, Participação social, Integralidade em saúde, Territorialidade

Resumo

Os danos dos agrotóxicos na saúde estão subdimensionados no Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, tanto nas ações de registro como investigação e cuidado. Observa-se, especialmente, subnotificação de agravos agudos, raras notificações de efeitos crônicos e praticamente nenhum diagnóstico da situação dos impactos dos agrotóxicos na saúde reprodutiva em áreas urbanas, rurais, nos territórios indígenas, quilombolas, ribeirinhos e de grupos populacionais que vivem em periferias urbanas, com baixa cobertura de saneamento ambiental e grave problema epidemiológico decorrente de arboviroses, que é mal enfrentado por um ineficaz modelo de combate vetorial químico-dependente. Em atenção ao projeto Saúde Reprodutiva e Agrotóxicos da Abrasco, foi realizada Oficina no 9º Simbravisa. A metodologia adotada permitiu reunir 70 convidados com diversidade disciplinar e institucional, que debateram como deveria se processar uma vigilância da saúde para atender ao grave quadro sanitário provocado pelo alto consumo de agrotóxicos no Brasil. A partir da avaliação desse processo, o objetivo deste ensaio foi aprofundar e atualizar esses elementos no atual cenário de crise sanitária decorrente do processo de desregulação do marco legal dos agrotóxicos em curso e apresentar propostas para um novo modo de fazer vigilância da saúde, constituídos por ações e processos deliberativos participativos, democráticos, integrados e territorializados.

Publicado

2025-08-14

Como Citar

1.
Friedrich K, Leites Larentis A, da Silva JM, Kuhn M, Dias Quitério LA, Hess SC, et al. Vigilância da saúde integrada, participativa e territorializada em contextos de exposição aos agrotóxicos no Brasil. Saúde debate [Internet]. 14º de agosto de 2025 [citado 9º de outubro de 2025];49(especial 2 ago). Disponível em: https://www.saudeemdebate.org.br/sed/article/view/10529

Declaração de dados

  • Os dados de pesquisa estão disponíveis sob demanda, condição justificada no manuscrito