Atenção em saúde mental para adolescentes femininas em Unidades Socioeducativas: dilemas de governança e medicalização
Palabras clave:
Adolescente institucionalizado. Saúde mental. Psicotrópicos. Medicalização.Resumen
O trabalho analisa a utilização de medicamentos psicoativos por adolescentes infratores em unidade socioeducativa (USES) no Brasil. Descreve as diretrizes da política pública nacional e a qualidade da coordenação da atenção em saúde mental pelos governos subnacionais. O artigo tem como hipótese que a governança verticalizada da USES está associada utilização de medicação psicoativa. O modelo da pesquisa foi estudo comparado dos casos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os dados resultaram da coleta em prontuários e entrevistas com informantes-chave. O artigo demonstra que a governança vertical observada no RS está associada à alta prevalência de diagnósticos de transtorno mental, uso de medicamentos psicoativos e de medicalização psiquiátrica pelos adolescentes privados de liberdade. As evidências revelam que as sanções de privação de liberdade por atos infracionais produzem decisões de medicalização que ameaçam o direito dos adolescentes no campo da saúde. As diretrizes da política nacional incentivam escolhas mais cautelosas. As psicoterapias e as ações de reabilitação são as intervenções de primeira linha defendidas. A adoção da medicação deve incluir a avaliação dos riscos e benefícios. O manejo pouco cuidadoso da intervenção psicofarmacológica favorece a múltiplas prescrições e a clara subestimação dos efeitos adversos.
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