Violência laboral em meio à pandemia da covid-19 na atenção primária no Ceará
Palabras clave:
Saúde do trabalhador, Violência no trabalho, Sars-CoV-2, Estratégia Saúde da Família, Atenção Primária à SaúdeResumen
Objetivou-se analisar a prevalência, os tipos, os sujeitos vitimados e os autores das situações de violência laboral durante a pandemia da covid-19 em um município da região noroeste do Ceará. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa, realizada em 22 centros de saúde, com a participação de 125 trabalhadores da Estratégia Saúde da Família. Para a coleta de dados, utilizou-se o instrumento Survey Questionnaire Workplace Violence in the Health Sector. Constatou-se que 49% dos profissionais entrevistados sofreram algum tipo de violência laboral no período. Observou-se a feminilização do trabalho, com 89% das mulheres relatando experiências de violência. A agressão verbal foi o tipo mais frequente, seguida por dupla carga de violência psicológica: a agressão verbal e o assédio moral de forma mútua. Também foram relatadas, em menor escala, situações de assédio sexual e violência física. Os principais perpetradores foram os próprios pacientes e colegas de trabalho. Os resultados revelam a gravidade da violência no trabalho em saúde em contextos de crise sanitária e destacam a predominância da violência verbal e de formas sobrepostas de agressão. Reforça-se a necessidade de ações preventivas e protetivas, especialmente no enfrentamento da violência de gênero, conforme diretrizes da Organização Internacional do Trabalho.
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