Uso de drogas e cuidado ofertado na Raps: o que pensa quem usa?
Palabras clave:
Serviços de saúde mental. Redução do dano. Pesquisa sobre serviços de saúde. Liberdade.Resumen
O estudo pretendeu compreender como usuários de um CAPS AD-III de uma cidade do sertão pernambucano, com experiência de internação em comunidades terapêuticas, avaliam as propostas terapêuticas destes dois tipos de dispositivos. Buscou-se conhecer suas experiências de cuidado e analisar as possíveis convergências e divergências quanto ao tipo de cuidado ofertado, valorizando-se seus pontos de vista. Tratando-se de pesquisa qualitativa, com intuito avaliativo, a entrada em campo ocorreu na perspectiva da cartografia, recorrendo-se à ferramenta usuário-guia, com definição de dois interlocutores, além da escrita de diários cartográficos. Os resultados foram circunscritos com respaldo na metodologia de relatos orais, destacando-se cinco eixos de discussão: 1. compreensões sobre lógica de cuidado na perspectiva de usuários; 2. burocratização e protocolização da produção de cuidado; 3. medicalização nos dispositivos de cuidado; 4. cuidado versus controle e 5. uso de substâncias psicoativas e questões de gênero. Visando uma contribuição para a análise do impacto da Política Nacional de Saúde Mental em dispositivos da RAPS no semiárido nordestino, o estudo visibilizou a importância de processos avaliativos permanentes, com ênfase no protagonismo de usuários/as, apresentando efeitos do processo de Reforma Psiquiátrica na região e caminhos possíveis para seu fortalecimento.
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